Sexta-feira, Junho 13, 2025
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Estivadores italianos impedem embarque de armas para Israel

Roma, 10 jun (Prensa Latina) Estivadores do porto italiano de Salerno, na região sul da Campania, impediram o carregamento de armas no cargueiro israelense Contship ERA, de propriedade da empresa ZIM, segundo um comunicado divulgado hoje.

De acordo com um comunicado da Federação Italiana dos Trabalhadores dos Transportes (FILT), publicado no site de notícias do canal de televisão Italia 2 News, os estivadores bloquearam o carregamento de armas para evitar serem cúmplices do genocídio cometido por Tel Aviv contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

Gerardo Arpino, secretário provincial da FILT, sindicato que faz parte da Confederação Geral do Trabalho Italiana (CGIL), declarou: “Os estivadores de Salerno não pretendem, de forma alguma, contribuir para alimentar os crimes de guerra e massacres que o governo israelense está cometendo contra a indefesa população palestina.”

“Somos a favor da paz e contra todas as guerras. E condenamos todos os conflitos que causam morte, miséria e êxodo populacional”, acrescentou Arpino.

Uma ação semelhante ocorreu na última sexta-feira no porto de Gênova, na região da Ligúria, no norte da Itália, onde estivadores filiados à União de Base dos Sindicatos (USB) também se mobilizaram contra a chegada daquele navio, para impedir o envio de material bélico para Israel.

“Reiteramos veementemente que não queremos ser cúmplices do genocídio em Gaza e que nos opomos firmemente a todas as guerras”, enfatizaram os sindicalistas genoveses em um comunicado à imprensa.

A USB relembrou protestos semelhantes contra cargas de guerra que ocorreram anteriormente em outros portos italianos, como Livorno, Pisa e Brescia, em solidariedade aos que se mobilizam contra a guerra e exigem o fim dos ataques de Israel à população palestina, “cujo genocídio deve cessar imediatamente”.

Essas ações fazem parte de iniciativas contra o tráfico de armas e as políticas belicistas incluem uma greve geral convocada para 20 de junho, bem como uma manifestação nacional em Roma, marcada para sábado, 21 de junho, a partir das 14h, horário local, na Piazza Vittorio Emanuele.

mem/ort/ls

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