O empréstimo, uma operação de recompra iva conhecida como REPO, terá duração de dois anos e quatro meses e inclui uma taxa de juros fixa anual de 8,25%, informou o próprio banco.

Trata-se de uma continuação do mecanismo iniciado em dezembro de 2024 e visa cumprir as metas de acumulação de reservas assumidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo o jornal Ámbito Financiero.

A medida faz parte do que o Ministro da Economia, Luis Caputo, considera a Fase 3 do programa econômico anunciado em 11 de abril.

Segundo a revista de análise política Letra P, o Secretário do Tesouro busca captar entre quatro e cinco bilhões de dólares para cumprir a meta acordada com o FMI, cuja próxima avaliação será em 30 de julho.

Dias antes, Caputo anunciou a emissão de nova dívida em pesos com subscrição em dólares, a uma taxa de um bilhão de dólares por mês, destinada a investidores locais e estrangeiros. A dívida argentina já soma mais de 402 bilhões de dólares, segundo estatísticas.

O REPO será estendido por 28 meses, com vencimento final em abril de 2027. Segundo fontes do mercado, as entidades que participaram da operação incluem bancos internacionais com forte presença na América Latina, embora seus nomes não tenham sido divulgados.

Com esse tipo de dívida, o governo espera aumentar as reservas em moeda estrangeira sem precisar fazer as tradicionais aplicações no mercado, esperando um risco-país que não ultrae 650 pontos-base.

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