O navio, o Madleen, transportava alimentos, remédios e outras necessidades básicas e levava a renomada ambientalista Greta Thunberg e a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan, além de 10 voluntários.
Essa ação de Israel é absolutamente ilegal, violando o direito internacional e a Convenção do Mar, que garante a liberdade de navegação, especialmente em águas internacionais, disse o advogado Nelson Hadad.
Ele denunciou que o regime de Benjamin Netanyahu está hoje usando a fome como arma de guerra.
Do ponto de vista jurídico, um verdadeiro genocídio está sendo consumado aqui, disse ele, e lembrou que esse crime não é cometido apenas quando um povo ou um grupo étnico é eliminado, mas também quando é privado de alimentos essenciais.
O professor de direito anunciou que havia enviado uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitando que ele aplicasse o artigo seis da carta da ONU e prosseguisse com a expulsão de Israel do quadro de membros da ONU.
Hadad, juntamente com o jurista e senador Francisco Chahuán, deu uma entrevista coletiva em Santiago, em nome dos 620 advogados que no ano ado denunciaram o primeiro-ministro israelense e seu chefe de defesa perante o Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra.
A Comunidade Palestina no Chile também repudiou o sequestro do barco pelas forças militares israelenses e seu desvio para o porto de Ashdod, cerca de 40 quilômetros ao sul de Tel Aviv.
Em uma declaração emitida aqui, a organização exigiu a libertação imediata e incondicional dos detidos, bem como garantias para o retorno seguro deles aos seus países de origem.
O Chile tem a maior comunidade palestina fora do Oriente Médio, com cerca de 500.000 pessoas.
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