Na parte inferior da classificação da sub-região, com apenas 10 pontos em 45 possíveis, a Roja precisa de mais do que um milagre para se manter viva.

Além de vencer em um campo a mais de 4.100 metros de altitude, bem acima do que seus jogadores estão acostumados, esse resultado deve ser combinado com uma derrota da Venezuela na visita ao Uruguai.

Mas isso não é tudo, pois os chilenos precisam vencer o jogo fora de casa contra o Brasil e depois fazer o mesmo quando receberem os Charrúas no Estádio Nacional.

Isso se a Vinotinto perder seus jogos nos dias 17 e 18 e o mesmo acontecer com Peru e Bolívia.

A situação ruim da Roja é evidenciada pelo fato de que até agora ela mal marcou gols em cinco das 15 partidas disputadas.

A dura realidade é que o técnico argentino, Ricardo Gareca, nunca conseguiu montar uma equipe competitiva e foi forçado a mudar sua escalação em todos os jogos.

Além da equipe boliviana, na terça-feira o Chile terá outro adversário de peso, que é a altitude onde está localizado o campo.

O médico e montanhista Mauricio Purto disse ao jornal ADN Deportes que é um erro chegar duas noites antes a uma altitude de 3.600 metros, na cidade de La Paz, e depois praticar um esporte tão exigente como o futebol a 4.000 metros.

Em dois dias, o corpo está começando a se aclimatar e gasta muita energia nesse processo, o que se traduzirá em um desempenho ruim, disse o organizador das duas primeiras expedições chilenas que chegaram ao cume do Everest em 1992.

Com quase tudo contra ele, Gareca já sabe que, se não vencer hoje à noite, será demitido da seleção nacional, pois há uma cláusula em seu contrato que estipula sua demissão sem indenização em caso de eliminação precoce nas eliminatórias.

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